
O momento de uma explosão no hotel Taj em Bombaim - Reuters
BOMBAIM, Índia - Horas depois de retomarem o controle de dois dos três prédios que haviam sido invadidos há dois dias por extremistas em Bombaim, forças de segurança lançaram na noite de sexta-feira o que chamaram de "ataque final" no hotel Taj Mahal, onde ainda estariam dois reféns e até três terroristas. À tarde, ao invadir um centro judaico, atiradores de elite mataram dois terroristas no centro judaico, mas não evitaram a morte de cinco reféns que estavam no prédio. Equipes especiais também entraram no hotel Oberoi, onde 143 hóspedes foram libertados e outros dois atiradores foram mortos. À noite (horário de Brasília), novas explosões e tiros foram ouvidos vindo de dentro do Taj, onde autoridades acreditam que estejam dois ou três terroristas. (Veja as imagens dos reféns deixando o hotel Oberoi)
- Pela intensidade do tiroteio e pelas áreas diferentes que ocuparam, diria que deve haver dois ou três (terroristas) lá dentro - disse J.K.Dutt, diretor-geral da principal força de elite indiana, a Guarda de Segurança Nacional (NSG), que invadiu o hotel à noite.
Fontes oficiais dizem que o número de vítimas deve aumentar. A Índia culpou na sexta-feira "elementos" do Paquistão pelos ataques das últimas 48 horas que já deixaram ao menos 160 mortos - pelo menos 16 estrangeiros - e mais de 300 feridos na maior cidade indiana. O governo paquistanês reagiu, negando as acusações. O chanceler paquistanês, Shah Mehmood Qureshi, pediu que o governo indiano não use o caso para fins políticos.
- Trata-se de uma rede internacional. Precisa ser enfrentada em nível internacional - afirmou Qureshi.
Assista a imagens de caos e violênci
Título
Descricao
O desfecho da operação no centro judaico Nariman também levou o governo israelense a se pronunciar.
- Não temos dúvida de que o objetivo dos terroristas eram os judeus e os israelenses, que identificam com os ocidentais, os americanos e britânicos - disse a ministra israelense das Relações Exteriores de Israel, Tzipi Livni. - Nosso mundo está sendo atacado, não importa se isso acontece na Índia ou em outro lugar. Há extremistas islâmicos que não aceitam nossa existência ou valores ocidentais.
Os corpos de duas mulheres e três homens foram encontrados no centro. Entre eles, estariam o rabino Gavriel e Rivka Holtzberg, diretores do Chabad-Lubavitch de Bombaim. Na operação, equipes especiais chegaram ao prédio descendo por cordas presas a helicópteros. Um soldado morreu. Até agora, dois soldados e 16 policias foram mortos nos confrontos.
Os serviços de inteligência de Israel, assim como os de EUA e Reino Unido, prometeram colaborar com as investigações iniciadas pela Índia. Há pelo menos um israelense, três americanos, e um britânico entre os mortos, além de três alemães, um australiano, um canadense, dois franceses, um italiano, um japonês, um singapurense e um tailandês. (Saiba como foi o passo-a-passo dos ataques)
Apesar de o principal alvo ser turistas, a maior parte das vítimas foi de indianos que jantavam em hotéis e no Café Leopold ou esperavam trem na estação atacada na quarta-feira, durante a série de atentados coordenados em 10 pontos de Bombaim - cidade de 18 milhões de habitantes. (Veja imagens da tragédia)
Leia também:
Reunião de trabalho 'salva' brasileiro de atentados em Bombaim
Atentados são a primeira crise externa de Obama nos EUA
'Só tem mendigos e cachorros nas ruas', diz brasileira em Bombaim
Nenhum comentário:
Postar um comentário